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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Better Morning


Fazia um bom tempo em que eu não dava as caras por aqui, talvez por falta de tempo, de vontade, de animo mesmo, ou talvez porque a maioria das coisas que estou acostumada a ter não me satisfaçam por muito tempo. É, só de olhar pra parede do meu quarto que sinto um enjoo. Esse lilás está me matando. Quando era branco.. "Pai eu quero lilás!", mas agora eu quero BRANCO novamente, não posso?
É intrigante como me comporto diante algumas situações. Ou eu quero muito algo, ou eu realmente não o quero. Acho que isso é normal de todo mundo né? (diz que sim !)

Posso ser louca ao dizer que alimento as minhas nostalgias. Sim! Eu as alimento! E isso ora me sufoca ora me tira sorrisos. Não vejo problema algum em relembrar momentos, pessoas, sentimentos (sejam eles bons ou ruins), clichê, mas sabemos que ambos contribuíram para o nosso desenvolvimento. Só não podemos nos agarrar a estas tardes, e esquecermos que outros dias então por vir.

Eu queria vir aqui e colocar tudo pra fora, jogar, fazer com que as palavras dessem sentido ao que estou sentido. Mas sabe, eu sei o que sinto (ou não) e mesmo que esse texto fique uma merda, e que por ventura você o leia, acho que percebeu que quando eu escrevo não me controlo né! Meus dedos doem até hoje depois daquela mensagem. Mas sabe de outra coisa? Não me arrependo de tê-la mandado. Ah eu falei mesmo, nem pensei, falei o que sentia no momento (como agora) não me contive, e foi bom. Depois de pensar com a razão durante um ano, foi bom agir por um dia com o coração.
Na mensagem eu falava de tantas coisas, sobre nossas manhãs, a quinta (que não foi um dia de quinta), algo sobre valores (transparência e verdade), o que me lembrava você, que não esqueceria você, algumas bobagens e mais algumas outras coisas. Ah, e aquilo não foi uma declaração!

Nenhum dos meus momentos com você foi pensado. Nossas conversas de manhã, as músicas, cada palavra, cada mensagem, cada toque, cada beijo dado aquela noite. O nome do ônibus que me fugiu da memória quando já íamos embora. Ainda bem que o esqueci lembra? "Minutinhos a mais com você!".
Saiba que com você (diferente dos outros) tudo foi natural, sem presa, sem medo... Eu me apaixonei por quem você é! Teu jeito desligado, que assoviava pelos corredores da empresa, sem se importar com quem estivesse por perto, esbanjando bom dia e felicidade, imagens que por diversas vezes eu vi sem você perceber . Teu jeito seguro de si, como um verdadeiro leonino que é. Teu cabelo, Teu cheiro... Sim, eu amei você seu idiota. E estou rindo ao escrever isso, porque você me faz sorrir, minha defesa lembra? Como os arrepios que sentia sem saber se eram algum tipo de alerta para recuar ou atacar.

É obvio, como diz a música "os dias passam, e como tempo, não iram voltar." Como uma antiga docente disse uma vez nos agradecimentos de formatura (não lembro claramente as suas palavras, mais dizia algo do tipo ) pessoas são como os ventos. Elas vem. Algumas mais lentamente como uma brisa, outras fortes como uma ventania, ambas trazendo consigo teu jeito, tuas historias, teus gostos, conhecimentos, teus defeitos, e mais um monte de coisas que as fazem... e pedacinhos de outras pessoas. Porque a vida é assim. Nós somos assim. Pedacinhos de cada um que encontramos ou esbarramos por ai. Somos feitos de um verdadeiro mosaicos. Independente do local. Da distância. Interligados. Ubuntu. Pra todo sempre (como dizia você). Os ventos vem e vão.

E você? Ah! Você esta em um lugar insignificante, porém importante do meu mosaico. Fez parte da minha vida, mesmo estando nela por pouco tempo. Algumas manhãs e uma única noite. E é só isso que me importa.

É, só não entendo como pode se dizer a alguém "Estou te amando !" e sumir.

ps: apenas mais um beijo. Você prometeu ><

Sem mais.

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