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domingo, 19 de setembro de 2010

Não se vá. Não permaneça aqui.


Vou parar com esses textos clichês por um tempo. Já que você não me faz sentir como antes. Eu não quero me sentir como antes, mais as vezes bate um abstinência. Uma vontade súbita de parar tudo, e sorrir. Não quero ter que sorrir apenas por querer ser feliz. Quero algo mais.
Por favor, fala comigo, me olha de perto, não de longe. Mesmo que não role nada (não é pra rolar) apenas permaneça ao meu lado. Você não vai entender. E eu não desejo que entenda. Não vou escrever nada. Nada além do que isso. As letras do meu teclado já estão sumindo. Sumindo como eu de você. Como você de mim.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Remar, re-amar, amar


não sei dizer se ainda sei sentir. O meu coração já não me pertence, já não quer mais me obedecer! Parece agora estar tão cansado quanto eu. Até pensei que era mais por não saber que ainda sou capaz de acreditar. Me sinto tão só e dizem que a solidão até que me cai bem. Às vezes faço planos, às vezes quero ir para algum país distante e voltar a ser feliz! Já não sei dizer o que aconteceu se tudo que sonhei foi mesmo um sonho meu. Se meu desejo então já se realizou o que fazer depois, pra onde é que eu vou?
Eu vi você voltar pra mim; Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica, o que for. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças!Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.

Remar.

Re-amar.

Amar.



(Caio Fernando Loureiro de Abreu )

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Às vezes sentir


As vezes eu sinto. As vezes eu tenho a necessidade de sentir. As vezes eu canto para ver se alguém tem a coragem de me acompanhar. As vezes eu corro para não ficar parada. Eu sinto que correndo vou te perdendo, e te perdendo me magoando. As vezes eu sinto a vontade de te perguntar. Perguntas que você não saberá responder. Respostas que eu tenho medo de escutar. As vezes eu sinto que ficar calada, é remoer o passado, é sentir o que está oculto, é querer o que não se tem mais. As vezes eu sinto que minhas palavras não se encaixam de uma maneira correta, de uma maneira que te faça entender o que eu realmente sinto. As vezes sinto não me entender. As vezes eu sinto que o bumerangue não irá voltar. As vezes eu tenho medo de que ele volte, e eu não tenha coragem de agara-ló. As vezes eu sinto que o que eu quero é deixa-ló passar.


Sem dizer adeus, sem colocar ponto final, deixando tudo em vírgula.