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domingo, 16 de maio de 2010

Lembranças



Eram tão bobos, tão pequenos. Tão convencidos e tão, tão legais.
Ele mesmo, tão criança e querendo ser gente grande. Querendo sentir coisas que nem a maioria dos adultos nunca sentiu. E talvez nunca sintam.
Ela mandona, e arrogante de mais. Ele um bobo, e folgado.
Como isso ia dar certo? Não deu.
Mesmo assim as brincadeiras continuaram.
Correr no quintal, e ter alguém para xingar, era a maior diversão deles.
Ela não entende o interesse dele por ela. Como entender os homens?
Auto-confiança nunca foi o seu forte. Talvez seja essa a explicação.
Hoje formados.
Em frente aos albúns, ela para e pensa o quão é engraçado ver o ontem e o hoje. Como a nossa mente muda. Como é diferente as cores que antes você não via, e que hoje não poderá mais ver.
Esperar como vai ser o amanhã. Como vai ser as suas ligação. Se é que existe algo que os uni.
Não os laços de sangue (que se pensar bem não existem). Mais sim os laços de amizade. E é isso que ela quer. Nada mais do que isso.
Ela queria poder lembrar de todos os momentos que passaram juntos, de todas as tardes de frio intediantes sem nada pra fazer. E de todas as vezes que comeram pão de queijo juntos.
Mais chega uma hora que as lembranças se vão. A memoria não é mais a mesma de antes.
Ela estava totalmente errada. Eles sabiam melhor do que ela como seria dali pra frente. Mais agente só aprende errando. Não é assim a vida. Cair e ter forças pra levantar?


Desejo caminhar sempre, ao futuro não prometido.
Caminhando e guardando todas as lembranças que puder.

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